quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Programação para o Carnaval

Essa semana fui convidado para ir para a ilha do Mel no Carnaval. Na verdade o convite já vinha sendo feito há algum tempo, para que eu fosse preparando o terreno. Ano passado foi a mesma coisa, mas acabei desistindo em cima da hora.

Dessa vez eu estou decidido. Vou nem que tenha que dar uma "pausa" no relacionamento para isso. Estou me privando do convívio com o meu amigos há anos. Dessa vez, ninguém me segura!

E semana que vem cantarei como foi.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Homem-Produto

Hoje estava refletindo sobre um fato que me aconteceu ontem. Eu, minha amiga Mama e um casal de amigos, combinamos de sair para baladear. A Mama que adora uma baladinha GLS, deu a idéia de irmos à Cats. E assim ficou combinado.

A balada era legal, ambiente lounge e a pista em cima. Uma festa da diversidade o lugar. Dançamos muito e bebemos mais ainda. Bem... A Mama bebeu um pouco além da conta e saiu passando o rodo. E a gente cuidando dela, como se ela tivesse quatro anos de idade. Nossos amigos foram embora e me incumbiram de cuidar dela. Eu que não cuidei nem dos meus irmãos quando eram pequenos, não cuidaria da Mama que é maior de idade, vacinada e macaca-velha de balada. Cortei o "combustível" dela e deixei-a continuar o tour na baladinha. Quando me dei conta ela tinha sumido.

Eu que já tinha me jogado na pista e dançado "horrores", estava com a "bateria" começando a arriar. Sentei-me em um dos sofás e me refestelei. Algum tempo depois, um rapaz sentou-se ao meu lado e puxou assunto. O cara era bonitão, mas era visível "o time" que o cara jogava. Conversamos bastante e em certa altura do papo, o cara me convidou a ir para o "dark room". Eu dei a desculpa de estar preocupado com a minha amiga, disse que já voltava e sai.

Achei a Mama no banheiro, caída num sofá próximo à porta do dark room. Fiquei ali esperando ela voltar do "transe alcoólico". Nisso eu vejo o carinha que tinha conversado na porta do dark acenando para que eu o acompanhasse. Fiz que não vi e continuei cuidando da pinguça. Por mais que o cara me chame atenção, seja bonito, não consigo partir assim para o "vamos ver".

Hoje pensando, eu me dei conta que isso me acontece apenas com caras. Com mulheres eu não sou tão sistemático. Creio que pelo fato de que, com caras, as coisas rolam muito mais "rapidamente" do que com uma mulher. Mas vejo que isso por um lado é bom. Se as pessoas fossem assim, dariam mais valor não apenas ao corpo, a beleza e sim a essência que há em cada um de nós.

Compramos um produto pelo seu conteúdo e não pela sua embalagem. Isso é só um detalhe, que pode fazer a diferença, mas ainda sim um mero detalhe.

domingo, 20 de janeiro de 2008

O começo de tudo...

Enfim, hoje estou realizando algo que estava em minha mente já há algum tempo, mas que vinha relutando em fazê-lo: criar este blog.

Nos últimos meses, depois de uma série de acontecimentos, vi uma crescente necessidade de compartilhá-los de alguma forma com alguém, nem que fosse anonimamente, protegido por trás de uma tela de computador. Ao mesmo tempo, poderia saber as mais diversas opiniões, conselhos sem que fosse julgado ou condenado, possibilidade que a só a internet nos dá.

Como disse anteriormente, nos últimos meses, acontecimentos me fizeram refletir profundamente sobre alguns assuntos que até então eram, de certa forma, tabus na minha concepção: assumir para mim mesmo minha condição e me dar a possibilidade de ser plenamente feliz. Digo "para mim" pois não vejo necessidade alguma de que as outras pessoas próximas saibam, pelo menos neste momento.

Desde criança eu sabia que era diferente dos outros garotos. E como toda criança criada em um ambiente conservador, numa sociedade machista e preconceituosa, cheguei a vida adulta com certos preceitos. O fato de gostar das meninas e também dos meninos, me deixava confuso. Por que os outros garotos gostavam apenas das meninas? Por que eu não poderia ter qualquer tipo de afeto com os meninos? Por que eu não posso chorar quando tenho vontade? Cresci negando sentimentos, vontades e me relacionando exclusivamente com mulheres. De certa forma, para mim isso não era um martírio, pois gostava delas também. Já me apaixonei várias vezes por mulheres, já chorei por uma paixão não correspondida, já namorei muito. Atualmente sou noivo, fruto de um relacionamento de quatro anos, mas levo uma vida dupla. O mundo dá voltas, as coisas mudam e as pessoas amadurecem.

A partir de agora, vocês poderão acompanhar um pouco da minha vida, minhas aventuras, relacionamentos, anseios, dúvidas. Poderão saber o que penso de determinado assunto, trocar experiências, rir e refletir com as minhas histórias. E aqui finalizo meu primeiro post. Portanto, sejam bem-vindos ao Diário de uma Vida Dupla.