sábado, 14 de novembro de 2009

E eu vos declaro marido e... marido???


Hoje estava lendo uma notícia na internet a respeito da primeira liberação de união civil entre pessoas do mesmo sexo, na Argentina. A decisão foi dada por uma juíza em Buenos Aires. O prefeito da cidade resolveu acatar a decisão da juíza e declarou que não recorrerá do veredicto. Além disso, ele disse que a decisão foi "um passo adiante" e que os cidadãos devem "aprender a viver em liberdade sem ofender os direitos dos outros" e que "é o direito de as pessoas serem feliz de acordo com suas próprias decisões". Achei as declarações do prefeito muito inteligentes e sábias. Não pelo fato de terem liberado esse tipo de união, mas sim porque, em minha opinião, isso era o que deveria ocorrer em todas as esferas das relações humanas.

Não sou contra e nem a favor ao casamento de duas pessoas de mesmo sexo. Não por preconceito ou hipocrisia, mas pelo fato de achar que, para mim isso é desnecessário. Sou a favor sim, do respeito ao próximo e às suas escolhas. Eu creio que a felicidade de duas pessoas não depende de um pedaço de papel ou da autorização de um padre ou de quem quer que seja. A felicidade das pessoas está na vontade delas próprias. Mas como disse o prefeito, que sejam felizes de acordo com suas decisões. Isso é o que importa.

Quando estive em Buenos Aires, ano retrasado, duas das coisas que me chamou muita a atenção foi a de que, todos os homens, inclusive jovens, se cumprimentam com um beijo no rosto, e de que o verdadeiro tango é dançado por dois homens. E as pessoas tratam isso de forma natural e carinhosa. Fato que aqui no Brasil, seria inadmissível. Nesse quesito, eu tiro o chapéu para os argentinos. Quem foi o infeliz que inventou que homens não podem se cumprimentar com um beijo, chorar ou trocar algum tipo de afeto? Lamentável.