domingo, 27 de setembro de 2009

Quem não quer barulho, que não junte lata!


Se arrependimento matasse, eu estaria só no esqueleto agora. Ontem, resolvi dar um "crédito de confiança sub-prime" para a Mama, mesmo depois de ela ter me dado "o bolo" dois finais de semana seguidos. Marcamos de sair e ainda dei a opção de escolha de onde ir a ela. Ela decidiu de irmos ao Twiiga no Batel, desconhecido para ambos. Eu, ainda no meu ato de boa vontade, procurei o site do lugar, liguei para o celular do promoter e coloquei nosso nome na lista VIP. Quando eu morrer, serei escoltado por anjos até o céu de tanta bondade.

Nos 48 minutos do segundo tempo, eis que a jaguara me liga e me dá a desculpa esfarrapada de que o "amor" dela estava a caminho e que não poderia mais ir. Eu que já estava pronto e perfumado só esperando para dar a hora de sair, ainda tentei em vão convidar outros amigos em cima da hora. Mas sabe como é, meio de mês, povo sem dinheiro, uns já estavam de pijama, no fim, não consegui arranjar companhia. Resolvi que iria sozinho. E fui.

Cheguei na tal balada. Pela fachada do lugar e pela fila que estava do lado de fora, eu feliz da vida, pensei: "Deve estar um fervo ai dentro e o lugar deve ser enorme". Quando eu entrei, e fiz um 360 do local me decepcionei. Parecia uma casa de João-de-barro de tão pequeno. Enfim, usei o lema da Copélia: "'Bora' encher a cara!"

Lá pela quarta cerveja, percebo um carinha em uma rodinha de amigos, me "cuidando". Um cara bonito, barba por fazer, cabelinho arrepiado, aparentemente sem trejeitos. Quando ele percebeu que olhei, sorriu. A princípio fiquei na minha e ele continuou dançando no grupinho dele, me observando de longe. Fui ao toilet e quando voltei, o cara estava no maior amasso com outro carinha esquisito, meio emo, meio clubber, meio "lacraia". A pegada dos dois estava tão intensa, que não se sabia quem queria engolir quem. Como de costume, não tinha ido pra "caçar" e sim para me divertir, fiquei no meu canto, só rindo da cena.

Vinte minutos mais tarde, eu que já tinha até esquecido do "ser", fiquei surpreso quando ele chegou a mim. Já chegou junto, começou a alisar meu braço, nem mal disse "Oi" e já queria me beijar. Eu desviei, e disse no ouvido dele: "Seu namoradinho está ali no canto só de olho, pronto para dar um piti. Melhor não! Aliás, muito prazer, meu nome é Daves!". Falei isso, deu um sorrisinho irônico e sai. O cara ficou lá petrificado, descorçoado. A cara que ele fez foi impagável. Dirigi-me para a saída, paguei a conta e fui embora.

Como diz a minha mãe, "Quem procura, acha!". E eu ainda insisto em frequentar esses lugares.


quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Um encontro casual e a casualidade dos encontros

Sempre tive uma opinião formada no quesito "relacionamento sério" com caras: não engataria um namoro com um homem. Não pelo fato de querer evitar um envolvimento ou querer apenas encontros casuais sem compromisso. Muito pelo contrário, sou contra encontros casuais pela simples urgência carnal. Apesar de contraditório, não querer compromisso, mas ao mesmo tempo não ser adepto da casualidade, se dá primeiro pelo fato de eu ser casado e depois por "estar no casulo" e às consequências que essa condição trás. Um relacionamento sério nessas condições, além de custoso para as partes, traria um grande risco ao "casulo".

Por esse motivo, sempre fui adepto da filosofia do "deixa a vida me levar" e porque não dizer, até com certo grau de envolvimento. Por que não? Ontem me aconteceu algo que só me fez confirmar a filosofia citada no parágrafo anterior.

Após o retorno de uma entrevista para um novo emprego, me dirigindo para casa, lembrei que necessitava de mídias de DVD para um trabalho pessoal. Entre o caminho do local da entrevista e minha casa, resolvi passar no Extra para a compra de tais mídias. Ao sair do caixa, lembrei também de que necessitava de um extrato bancário. Aproveitei a oportunidade e me dirigi aos caixas automáticos ao final do corredor de caixas do hipermercado. Extrato emitido, ao me dirigir a única saída que passava por todos os caixas da loja, eis que em um deles reparo em um rapaz de camiseta branca e me observar fixamente. Ao passar pelo caixa onde ele estava, percebo que a medida que vou passando, ele fixamente me acompanha com o olhar, chegando a virar o pescoço. Pra completar o cara era muito bonito, corpo médio, branquinho, barbinha por fazer, bem do estilo que me atrai e me chama a atenção.

Nisso o meu celular tocou. Era minha mãe querendo saber como havia sido a entrevista. Conversamos por alguns minutos e enquanto eu estava parado observando onde havia deixado o carro, o rapaz passou por mim e mais uma vez me fitando. Desliguei o telefone e me dirigi ao veículo que por muita coincidência estava a dois carros de distância do dele. Entrei no meu carro, abaixei o vidro, e liguei para a digníssima para avisá-la que estava no "meio do caminho". Percebi que ele viu que entrei no carro. Enquanto eu estava ao telefone, ele se aproximou. Desliguei. Realmente o cara era muito bonito.

Ele se apresentou me cumprimentou e puxou assunto. Perguntou o meu nome e ao ver minha aliança no dedo, perguntou: "Comprometido?" Respondi: "Sim. Sou noivo!". Ele fez uma cara meio de espanto misturado com surpresa, ficou dois segundos mudo e soltou: "Vamos ali no banheiro?". Puff! Foi a palavra mágica para que eu desencantasse na hora. O cara mal perguntou meu nome e já queria ir pros finalmente? No way! Eu disse que estava com pressa e que poderíamos marcar de tomar uma cerveja e papear. Ele me deu o telefone dele e eu disse que ligaria. Me despedi, liguei o carro e fui embora.

Hoje analisando a situação, chego a conclusão de que esse tipo de relacionamento absolutamente não me atrai. Ter qualquer intimidade com uma pessoa que conheci há cinco minutos, ainda é algo inimaginável pra mim.