terça-feira, 20 de outubro de 2009

Rio 40 graus... 48 horas no purgatório da beleza e do caos (Parte 1)


Os acontecimentos aqui relatados ocorreram entre as 7 e 10 horas do dia 17/10

07:30 - Sala de embarque do Aeroporto Afonso Pena - CWB: Estou aguardando a saída do 1º voo com destino a Guarulhos. A sala está com todas as poltronas ocupadas. Fico em pé, conversando de frente para minha amiga. Logo percebo por cima do ombro dela um rapaz a me observar. A princípio fico meio receoso, aos poucos percebo que se trata "daquele olhar" e pra completar o cara me chamou a atenção. Ihhh...

07:50 - Embarque no ônibus que nos levará a aeronave: quando já correspondia aos olhares do rapaz, chegou a hora de embarcar. Pensei: deve estar esperando o voo para outro lugar. Ledo engano! Ele iria conosco no mesmo voo.

08:00 - Dentro da aeronave da Gol: percebo que ele se dirige às poltronas do meio da aeronave. Fico na poltrona 12B. Decido testá-lo. Dirijo-me aos toilets ao fundo da aeronave. Passo por ele e resolvo dar uma encaradinha. Ele correspondeu. Ao sair do toilet, ele está virado olhando pra trás.

08:10 - Aeronave taxiando para decolar: retorno a minha poltrona e rapidamente peço um pedaço de papel pra minha amiga. Interrompo uma comissária e peço uma caneta. Anoto meu número de celular no papel seguido do meu nome. Minha amiga pergunta: "Pra que isso?" Respondo: "Bobeira minha". Coloco o papel no bolso da jaqueta.

08:25 - Em pleno voo: Preciso ir ao toilet novamente. Aviões me deixam apreensivo e mijão. Passo por ele novamente e mais uma vez dou uma "mirada". Como ele é bonito. Penso: "Preciso entregar o papel pra ele! Farei isso na volta. Aproveitarei que os bancos ao lado estão vazios". Preparo-me para sair. O avião começa a tremer. Ao sair a comissária me pega pelo braço e me joga na primeira poltrona vazia ao fundo e manda apertar o cinto. Droga! Maldita turbulência. Percebo que ele olha pra trás as vezes.

09:00 - Tripulação, preparar para o pouso!: Estamos quase descendo, o avião ainda chacoalhando, eu já passando mal e não consegui entregar o bendito papel. Farei isso quando passar por ele no corredor ao descer. Coitada da minha amiga. Ficou sozinha maior parte da viagem. Mas foi por uma boa causa.

09:10 - Enfim no solo: Graças a Deus. Mas um pouco e eu virava do avesso. Todos se preparam para descer. Espero o fluxo aliviar e ele se levantar. Assim será mais fácil. Não deu. Ele levantou, olhou e saiu. Não consegui passar. O corredor ainda estava entupido. Próxima chance: ônibus que leva ao aeroporto.

09:15 - Embarque no ônibus: Fico em pé próximo a ele que está sentado no fundo. Será que entrego? Melhor não. Todos vão ver. Última chance será ao descer do ônibus.

09:20 - Desembarque: É agora ou nunca! Faço de conta que estou arrumando o sapato. Minha amiga se adianta. Eu espero ele passar e emparelho. Estendo o braço e entrego. O nervosismo e as mãos tremendo quase fazem o papel cair. Olho pra frente. Minha amiga olhou para trás e viu a cena.

09:25 - Corredor de desembarque em Guarulhos: Missão cumprida! Agora é esperar o contato. "Espero que seja de Curitiba", pensei. Minha amiga olha pra mim e pergunta: "Que foi aquilo?". "Depois te explico!", eu respondi puxando ela pelo braço. Ao chegar à sala de embarque o vejo sentado em frente ao portão que eu embarcaria. Torci: "Tomara que vá para o Rio!"

09:30 - Sala de embarque: Depois que quase ficar pelado para passar no detector de metais de novo, me recomponho e sem perceber coloco a aliança que estava no bolso. Sento-me de frente pra ele. Minha amiga vai ao banheiro. Continuo a olhá-lo e correspondendo. Encaro até ele desistir e desviar o olhar. Adoro fazer isso! Ele levanta e sai. Sem querer vejo que estou de aliança. "Putz... Tarde demais!", pensei. Retiro e coloco no bolso. Minha amiga retorna. Nem sinal dele e de mensagem no celular.

09:45 - Hora de embarcar para o 2º trecho: Ele reaparece e vejo que também se dirige ao mesmo portão, pra minha alegria. Mais uma vez entramos no ônibus que leva à aeronave. Desta vez decido ficar ao lado dele de frente. Em conversa com minha amiga, ela solta um: "Você é um menino muito levado!" Olho pra ele e repito: "Sou beeemmm levado!" Ele sorri tímido desviando o olhar.

09:55 - Hora de embarcar: Embarcamos, desta vez na poltrona 17A. Sentamos e de repente o celular vibra. Mensagem! "Opa... 27F... Marcos... Vai aprontar o q no Rio". Respondo: "Vou lá ferver com a minha amiga. E você?" Ele responde: "Prova de residência amanhã..." Eu respondo: "Vamos numa balada esta noite. Esta convidado desde já. Assim podemos conversar melhor". Pra minha surpresa ele respondeu: "Se tua amiga quiser trocar de lugar, podemos conversar agora... Estou na 27F Janela". Não podia ser melhor. Minha amiga, gente finíssima, aceita a troca. Ele vem e senta-se ao meu lado. Nos cumprimentamos timidamente.

(continua...)

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Coçando o ego


Em uma visita de final de semana a parentes na minha cidade, sai a noite com o meu primo baladear. Na volta da balada, paramos para comer um cachorro-quente em um point no centro. Na mesa próxima a nossa, havia um grupo de rapazes, muito bonitos por sinal, conversando sobre uma balada GLS que lá há. Era impossível não escutá-los comentando sobre o lugar. E assim voltei para Curitiba com a promessa de voltar sozinho para conhecer tal lugar. Apesar de não ser fã deste tipo de lugar, frequento mais por curiosidade, para dançar e dar aquela coçada no ego de vez em quando.

Esta semana, mais uma briga com a digníssima. Desta vez eu não perdoei. Resolvi dar um tempo. Já estava insustentável a situação. Eu de pirraça, decidi comemorar o primeiro dia de solteiro e assim que sai da faculdade, me veio a ideia de dar uma “passadinha” na tal boate. Não pensei duas vezes, e cai na estrada. Menos de duas horas estava lá.

O lugar estava bem cheio. Já cheguei “causando” e me joguei na pista. Lá pelas tantas, percebi que três carinhas me observavam e cochichavam. Um era bem “pintosa”, o outro magrinho, e o terceiro era baixinho e barrigudinho. Em uma ida ao bar renovar a cachaça, sinto uma batidinha no ombro. Olho para trás e vejo o cara magrinho que estava na rodinha. Ele perguntou meu nome, e já tascou a pergunta: “Tú é do babado?” Eu involuntariamente ri. Acho incrível a objetividade excessiva das pessoas. Olhei para ele e perguntei, “Por que você quer saber isso?”. Ele me contou que o amigo dele estava afim de mim. Eu já imaginando a bomba por vir, falei: “Não, não sou gay”. Mas na curiosidade de saber qual dos dois amiguinhos dele era o “dito cujo”, resolvi perguntar: “Quem é seu amigo?”, ele então virou-se e disse “É aquele de camisa branca!”. Quando eu apurei a visão para encontrar o ser, vi os dois carinhas e mais um terceiro que até então não tinha visto. O carinha era muito bonito, cabelo arrepiadinho e usava cavanhaque. Pensei por alguns segundos... “será que vale a pena voltar atrás e conhecer o cara?” Resolvi manter a palavra: “Pois é cara, diga para o seu amigo que não sou gay”. Ele com uma carinha de decepcionado voltou ao grupinho dar a notícia.

É claro que durante a noite, continuei “paquerando” o cara e ele me cuidando de longe. Coçar o ego de vez em quando faz bem!


terça-feira, 6 de outubro de 2009

Programação para a semana


Essa semana consegui convencer a Mama de darmos "um pulo" no Rio. Na verdade ela que veio com a história de ir para o Rio, conhecer uma boate que ela disse estar entre as cinco melhores do mundo. A The Week. O bom é que ela tem um meio-parente lá que poderá nos abrigar. Fora que o cara é um pedaço de mau-caminho.

Semana que vem desembarcaremos lá. Pena que não dará para ir no feriado. Não havia mais passagem aérea com preços e horários compatíveis. Mas vamos ver no que isso vai dar. Quero ver a desculpa que eu vou dar pra digníssima, que já anda reclamando dos meus "sumiços" de fim de semana.