Penúltimo dia de ilha e resolvemos ir para Brasília. Nos jogamos para lá cedo pois a caminhada era longa. Primeiro fomos conhecer a gruta da ilha e depois rumamos a Brasília. Uma hora e meia depois lá estávamos. Eu fiquei deslumbrado! Muita gente bonita, sarada, muito mais organizado. Uma outra ilha. Eu amei, já o pessoal não gostou muito. Ficamos algumas horas e já queriam voltar. Por mim eu ficava ali mesmo, mas...
Longa caminhada de volta a Encantadas. Chegamos no camping e resolvi comprar uma vodka e um suco Maguary. Fiz uma "batida" de maracujá e enchemos a cara. A noite, meus amigos quiseram ir até uma tal de "Lua", um lugar meio esotérico, meu místico, num lado obscuro da ilha. Eles explicaram, explicaram mas não entendi qual era a do lugar, mas já podia imaginar. E lá fomos nós. A nossa amiga cozida da batida, na trilha para o "Lua", no escuro, pensando que o namorado havia voltado ao camping chamar alguém, veio pro meu lado e insistiu para que eu despistasse o “dito cujo” para ela ficar com o tal carinha que ela estava foliando. Quando eu me dei conta o cara estava ali na nossa frente a um passo de nós, na penumbra. Putz... o cara tinha escutado tudo. E adivinha quem pagou o pato? O cara fechou a cara e não quis mais falar com ninguém. No meio do caminho, resolveram voltar para o camping, nem entendi direito o porquê. Percebi que a Mama havia ficado de cara comigo. Eu fiquei sem entender nada.
No outro dia, a ilha já tinha perdido a graça pra mim. Rumamos de volta ao continente. Na hora do embarque na barca, olhei para o braço e a pulseirinha ainda intacta. E eu que não dava nem meia hora para ela sair. Chegamos ao ponto de embarque em Pontal do Sul. Eu que havia combinado com a Mama de usar nosso dinheiro das passagens para comprar cachaça, e depois usássemos meu cartão para comprá-las, fiquei sem chão quando a atendente falou que não aceitava cartão. Nossos "queridos amigos" embarcaram no próximo ônibus e nem quiseram saber se eu e a Mama teríamos como voltar ou não. O jeito foi "mendigar" para um carinha de um estacionamento próximo [mas nem tanto] para passar o cartão em troca de dinheiro e uma porcentagem. Nossa sorte.
Chegamos a Curitiba, a Mama parecendo um camarão de queimada e eu sem marca alguma. Santo protetor 60. Me restou rumar para a casa da Mama consertar a desgraça que fiz no cabelo, afinal o trabalho me esperava no dia seguinte.