sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Todos querem ir para a Ilha (Parte 1)

Apesar de não ser o último lugar "descontaminado" da Terra como na ficção (A Ilha, 2005) e muito longe disso, a Ilha do Mel, conhecida internacionalmente, ainda é um dos poucos lugares onde você pode encontrar de tudo um pouco: praia, natureza, diversão, badalação, descanso e beleza.

E como tudo na vida acaba o carnaval também acabou! Agora é voltar a realidade. Mas na bagagem, além de um cabelo louro avermelhado, trago lembranças e assuntos que se fossem aqui detalhados, dariam um livro, e dos grandes. Não posso dizer que foram todas lembranças boas, mas posso afirmar que o saldo foi positivo e que me fez refletir sobre muita coisa.

Depois de ter enrolado a digníssima e termos tido uma mini-briga, consegui alforria para viajar sozinho no carnaval, apesar de muito protesto. Alforria em termos... o lugar que eu iria, na cabeça dela era outro. Mas... Chegado o grande dia, acordei cedo e fui para o rodoviária já imaginando como seria o dito feriado no tal paraíso da diversão. Levei apenas alguns pertences e mudas de roupa. O resto ficou por conta do pessoal que me acompanharia. Além da Mama, iriam conosco mais um casal de amigos e um amiga da Mama que viria de São Paulo, que até então eu não conhecia. Já prevendo o que aconteceria, alertei a Mama: "Não quero saber da senhora jogando sua amiga pro meu lado! Estou indo pra me divertir". Mentira, é claro.

Chegando à rodoviária, encontrei o pessoal no portão de embarque já na maior da intimidade com um povinho esquisito e que já estava pra lá de Bagdá. Quem olhasse pro grupinho diria que eram amigos de infância. Eu como típico curitibano "naturalizado", não gosto muito de confiança no primeiro momento. Alertei-os, mas ainda sai por anti-social. Enfim, fiquei na minha. De repente, eis que o celular da Mama sumiu. Depois de procurar de lá e de cá, descobriram que estava na mochila de um dos carinhas que estavam no grupinho. O cara, que estava miando de bêbado, caiu de costas e junto com ele foram algumas garrafas da nossa vodka que estava em uma das sacolas no chão (sim, porque nossa adega nós levamos de casa já que o litro do álcool na ilha é caríssimo e compensa comprar e estocar). Vexames e bate-boca à parte, embarcamos no ônibus. Eu é claro, com aquela cara de "Bem-feito, eu avisei!".

Viagem curta de quase 2 horas até Pontal do Sul. Descemos carregadérrimos e com a nossa adega ambulante até o ponto de embarque, fizemos o cadastro exigido e ganhamos a pulseirinha para a entrada na ilha. Exigência boba do IAP. A travessia foi rápida e tranquila. Chegamos à ilha e fomos para o camping do Boto. Montamos as barracas, colocamos nossos pertences e começamos a rodada da cachaça e a conhecer nossos "vizinhos".
Me besuntei de protetor 60, tirei o tênis e fomos pra um reconhecimento da ilha. O lugar estava lotado, típico dos feriados prolongados. Ao passar pelas trilhas, a "marola" já vinha de encontro. Um dos meus preconceitos com o lugar era justamente esse. Mas enfim, cada um faz com o seu pulmão e nariz o que quer. Já o lugar, é realmente lindo. Na trilha da praia de fora, há um bar que toca reggae. Já na praia de fora, lado virado para alto-mar, há um bar um pouco maior que a noite toca forró. Mas no final, há pra todos os gostos. Ah... esqueci de dizer: fomos para o lado "pobrinho" da ilha, Encantadas. Sim, porque a Ilha do Mel para quem não conhece tem o lado pobrinho e o lado mais elite (Brasília). A travessia de um lado ao outro é feita ou de barco ou através de longas caminhadas pelas pedras que são acessíveis quando a maré está baixa.

Na volta para o camping, para se preparar para a noitada, encontramos um pessoal que ainda não havíamos conhecido. Entre eles, um mineirinho gatíssimo e muito gente boa. Entramos na rodinha, abrimos mais uma rodada de cachaça e entramos na conversa, enquanto um ou outro se preparava. Todo mundo pronto, rumamos à badalação. E eu com o mineirinho na cabeça. Bem... se fosse só eu...

Um comentário:

  1. Ai, que ódio! E o pior é que aquele desgraçado deu fim no meu chip! Se fosse moda o Pedro do Chip naquela época, eu ia sair gritando pela rodoviária: "Maloqueirooooo! Cadê meu chipeeeee!! Devolve meu chipeeee!!"

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