sexta-feira, 18 de junho de 2010

Prefiro ser essa metamorfose ambulante...


A cada dia que é riscado do meu calendário da vida, percebo cada vez mais o quanto somos mutáveis e moldados pelo mundo que nos cerca. Confesso que acho isso de certa maneira positivo. Ou nos adaptamos ao mundo ou ele nos elimina. O problema está em como você lida com a situação. Nos últimos meses, passei por situações novas e interessantes e achei que a decisão que vinha tomando era a que menos poria em risco o meu "casulo". Puro achismo.

Sempre citei aqui no blog que não era adepto a baladas GLS, e que, as poucas em que eu lá estava era apenas por "curiosidade" ou diversão. Aos poucos este conceito foi mudando e passei a baladear com mais frequência. Mas se o mundo já é pequeno, quem diria de uma cidade com alguns milhões de habitantes. Aos poucos encontrava um conhecido aqui ou ali, amigos de amigos e por ai vai. Meu casulo estava em risco e se quisesse mantê-lo intacto, deveria fazer uma escolha.

Alguns posts atrás comentei de uma balada GLS que fui em outra cidade. Balada legal, música boa, gente bonita. Pensei comigo mesmo: Por que não frequentar a balada lá, mudar um pouco de ares? E a decisão foi tomada. Daria um tempo das baladas de Curitiba e assim foi feito. E lá estava eu a cada duas semanas baladeando a 140 km de distância de casa. Quando eu comentava o feito para algumas pessoas, achavam loucura, bobeira. Já eu estava adorando. A mudança de ares me libertava, me dava adrenalina, me satisfazia.

Cansado da aventura solitária, na semana passada resolvi convidar minha amiga Mama pra conhecer a baladinha que eu já havia frequentado umas oito vezes. Nos programamos e nos jogamos na estrada. Tudo estava indo conforme planejado: Dançamos, bebemos, paqueramos, demos muita risada. Até que, durante um pequeno tour na balada, eis que surge da multidão uma pessoa que jamais esperava encontrar, pelo menos ali: um ex-colega de trabalho que por sinal estava no meu Orkut e conhecia minha ex-noiva! Fiquei parado na frente do ser sem esboçar reação. Minha cabeça já lesada da cachaça tentava entender o que aquele cara de Curitiba estava fazendo ali. Tentei achar uma saída para o impasse, mas, após uns cinco segundos de espanto, ele tomou a iniciativa e meio sem graça, me cumprimentou com um abraço. E a noite continuou e com ela a cachaça e mais surpresas, que serão assuntos para outros posts.

Após o episódio, cheguei à conclusão de que estou fugindo de mim mesmo. Já chego a pensar seriamente em "romper o casulo" antes que isso seja feito de uma forma não muito agradável e talvez mais traumática. Bem... Agora só falta a coragem!

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